quarta-feira, 27 de março de 2013

Um estudo australiano afirmou que o Facebook alimenta a necessidade de auto-promoção de usuários com característica mais narcisista e extrovertida. Ao mesmo tempo, são os solitários que gastam mais tempo na rede social, como uma forma de interagirem com o mundo. Receber um comentário em um post estimula a auto-estima e também pode aliviar uma solidão. As pessoas esperam ler o quanto ficaram bonitas na nova foto do perfil, como é lindo o lugar em que passaram as férias, ou como elas possuem bom gosto musical.
Porém, na era do imediatismo provido pela mobilidade, cria-se uma angústia e ansiedade por feedbacks – estes que vem em forma de ‘likes’ e comentários. Muito mais que um narcisismo, é a carência e a necessidade de pertencimento. Números que vão crescendo. Refresh. Mais likes. A quantidade torna-se maior que a qualidade, como pequenas manifestações de interesse que tentam preencher algum vazio. Tudo é quantificável.

domingo, 24 de março de 2013

Para manter o amor vivo, marido de 91 anos lê diário para mulher com amnésia
O inglês Jack Potter não quer que sua esposa Phyllis esqueça o amor que os une há mais de 70 anos. Sabendo que Phyllis sofre de demência e falta de memória, o homem visita todos os dias a casa de repouso na cidade de Rochester, Inglaterra, e lê para ela o diário que guarda desde o dia em que se conheceram.
O inglês, de 91 anos, disse ao jornal Daily Mail Online que lembra exatamente do momento em que os dois se cruzaram, num baile. Foi em 1941 (casaram em 1943) e no diário escreveu: “Foi uma noite muito agradável. Dancei com uma garota muito legal. Espero encontrá-la novamente”.
Esses e outros momentos, como o casamento, as férias, as fotografias e todos os momentos partilhados a dois, estão nesse diário que Jack faz questão de ler para sua esposa demente. Apesar de debilitada, Phyllis se esforça para abraçar o marido. Eles festejaram 70 anos de casamento.







Imagens por Casey Gutteridge e Andy Payton/SWNS

Tudo Que Vai

Capital Inicial

Hoje é o dia
E eu quase posso tocar o silêncio
A casa vazia.
Só as coisas que você não quis
Me fazem companhia
Eu fico à vontade com a sua ausência
Eu já me acostumei a esquecer
Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro
Salas e quartos
Somem sem deixar vestígio
Seu rosto em pedaços
Misturado com o que não sobrou
Do que eu sentia
Eu lembro dos filmes que eu nunca vi
Passando sem parar em algum lugar.
Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais
Quanto tempo, eu já nem sei mais o que é meu
Nem quando, nem onde
Tudo que vai
Deixa o gosto, deixa as fotos
Quanto tempo faz
Deixa os dedos, deixa a memória
Eu nem me lembro mais
Fica o gosto, ficam as fotos
Quanto tempo faz
Ficam os dedos, fica a memória
Eu nem me lembro mais
Eu nem me lembro mais...(4x)

domingo, 3 de março de 2013

Antes de você eu não sorria para as janelas do ônibus, relembrando qualquer coisa meio boba e só nossa. E quando digo só nossa, é porque não compartilhei com mais ninguém, porque nenhuma outra pessoa do mundo entenderia o brilho disso tudo. Não dedicava meu tempo a mais ninguém, porque não havia ninguém que me deixasse disposta a atravessar os dias com um sorriso de orelha a orelha.

(Clarissa M. Lamega)