terça-feira, 23 de novembro de 2021

2021

 Foi o ano em que meu filho Aquiles nasceu. 

Foi o ano em que me tornei mãe,  que dei a Luz à um espírito que emana tantos aprendizados.  Voltei a enxergar em minha tela mental verde e azul, além de violeta. 

Um ano de muitas descobertas,  de muito choro, de muitas alegrias, de cansaço, muitas e muitas dores na alma, no corpo.  

E haja dedicação e desdobramento para tanto acalento.  E jorra leite tal como uma chuva e as vezes seca tal como o agreste em dias áridos em meu peito.

Meu peito que já bateu dois corações, hoje bate um só mas bate por 2, eternamente baterá por 2.

 E eu chorei tanto quando a minha barriguinha, primeiro berço de meu Aquiles ficou vazio, que saudade que deu quando senti o meu ventre sagrado,  ninho dourado sem ele. Foi uma mistura de felicidade e contemplação de ver ele aqui no mundo e tristeza de  minha barriga vazia, que sensação estranha. E quando ouvir A PAZ na voz de Zizi Possi,  eu chorei demais que não me contive apenas nas lágrimas,  mas um sentimento que me tomou por completo em todos meus corpos.  

Chorei demais quando vi Bug, meu cachorro chorando implorando um colo que antes era apenas dele e agora pertencente à Aquiles. Meu Deus, como chorei nas madrugadas infinitas com dó do meu cachorro.  

Fiz thetahealing pra ele, pra entender o que se passou na cabeça de Bug, e embora a terapeuta dissesse que ele não sente ciúmes e sim amor pelo pequeno, eu discordo totalmente até hoje.

Meu puerpério foi uma roda gigante desenfreada,  com minha sogra que me ajudou bastante e uma mãe com problemas de ansiedade que me deixou muito frustrada e bastante desanimada. 

MEU FILHO me dá muitas alegrias mas as noites eu passei todas elas acordada.

Somente agora no final do sexto mês de vida é que começou a estabilizar os despertares para 3x. Pois antes Aquiles acordava de hora em hora, chegando a ser 30 min apenas de um intervalo a outro, contabilizando 9, 10x despertares em uma única noite. 

Eu fiquei literalmente acabada por dentro e por fora.


Mas estou aqui sobrevivendo noite após noite. E com meus 36 anos de idade. 

Ansiando o momento de fazer um mestrado em terras lusitanas.  

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